quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Há um ano...

Fazendo o balanço deste ano que passou...
Tendo em conta que me considero uma romântica, saudosista, sentimentalóide...
Sou assim! Confesso que choro a ler livros (muito!!!), a ver filmes... Tudo dentro de parâmetros, a meu ver, perfeitamente normais! Mas o que é facto é gosto de ser assim!
Há uma ano comecei a trabalhar na Indústria Farmacêutica e também foi há uma ano comecei a trabalhar!
Este mundo surgiu-me como um sopro, sem dar muito bem conta vim cá parar... Tudo era novo, soberbo, dotado de extrema formalidade e as pessoas pareciam extremamente competentes. Isto gerou em mim uma luta desmedida de chegar à altura e não me deixar vencer por um normal e perdoável complexo de inferioridade (apenas no trabalho)...
Neste ano aprendi bastante, perdi os medos, sinto-me realizada e de momento não me via a fazer outra coisa...
Mas nem tudo foi um mar de rosas! Senti muito esta viragem, custou bastante a adaptação à forma de estar (trabalho praticamente o dia todo, entenda-se das 8 às 19/20h), a forma de vestir, de gerir o tempo... Das calças de ganga passei as calças de fato (via-me ao espelho e não era eu), no mundo do trabalho somos colegas e não amigos (é algo que ainda hoje me faz confusão), aprendi a não 'abrir o livro' (a longo prazo torna-se uma vantagem!).
E o pior? Os amigos... estávamos todos na mesma, se por um lado era uma vantagem por outro tornou-se num impedimento...

Hoje sinto esta barreira praticamente ultrapassada, sei dar um valor incálculável ao facto de ter trabalho e de me sentir a progredir a cada dia que passa. E desejo que assim continue!
Mas nunca me vou esquecer daquela sensação de 'perder o chão'!

Um comentário:

Anônimo disse...

Ainda hoje fazia eu o meu balanço do que mudou neste ultimo ano..eu bem digo que isto só pode ser sintonia.

Eu estou próxima dessa grande viragem que é a entrada no mundo do trabalho, mas confesso que este ultimo ano tb senti essa sensação de que falas..perder o chão! Estagiei e ao longo de 9 meses enquanto psico-aprendiz senti tudo o que descreveste. O sentimento de inferioridade inicial, a luta por ser mais e melhor, a roupinha mais cuidada, as distâncias impostas, as distâncias necessárias, as hierarquias, o confronto com realidades distintas, os horários cheios, o sofa a chamar por mim às 22h30 e, acima de td, o sentimento de que é isto que quero fazer pro resto da minha vida.
Não sei se te acontece o mm, mas lembro-me de mim há um ano e não pareço eu..reconheço-me é claro mas tanto mudou cá dentro, que preciso respirar fundo para digirir tudo.
Então qdo à parte "profissional" se aliam viragens "sentimentais", a mudança é muito sentida. Mesmo.

Custa crescer, não custa? Mas depois até sabe bem*