segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Não entendo o que se anda a passar...

Nada mudou, nada aconteceu radicalmente para justificar esta sensibilidade extrema em que me encontro. Entre a fragilidade e a pieguice está uma linha muito ténue! enfim...
Confirmo esta sensação em muitas situações, uma delas é o que sinto agora por algo que se passou este fim-de-semana, que me perturbou e não consigo entender muito bem qual o seu fundamento, a verdade é que estou sentida com isso...
Os últimos dois dias (duas noites para ser mais precisa) foram vividos de uma forma muito intensa e muitas vezes, por essa razão, o balanço final vem carregado de emoções difíceis de digerir e de transmitir!
Os protagonistas desta história, que não é história, sou eu e um rapaz que entrou tal como vai sair da minha vida, de repente.
Deve-se a alguém que por razões mais do que óbvias não me passou despercebido, pela sensibilidade e trato.... hum... Portanto estamos a falar de 1,90 m de homem, com uns ombros de onde saem uns braços.... Ai ok! é melhor parar... Era um Deus Grego (ou melhor: é!!!) Bastante tímido, reservado, 34 anos, mas ao mesmo tempo dono de uma segurança e postura, bem resolvido nos seus actos...
Com o evoluir do número de cervejas que lhe passaram pelas mãos naquela noite, rodadas que pagou... o Sr. Tímido passou para uma versão mais Pró-activa (chamemos-lhe assim), mandava piadas e tudo...
Aí a distância de segurança começou a diminuir, o toque era imprescindível para explicar alguma coisa, entrava-me pelos olhos a dentro e a auto-promoção bateu records! Mas tenho que admitir que sempre senti um respeito admirável dada a situação!...
No meio daquele clima sempre soube das nossas diferenças bem óbvias, senti-as logo na pequena, embora intensa, interacção. Ou seja, nada ali estava em causa!
Já vivi alguma coisa e suicídios de cabeça não fazem parte dos meus planos... Não gosto de tapar os olhos àquilo, que embora custe, está mais que percebido dentro de nós...
Neste momento estou 'fechada', sinto que preciso de tempo para mim... As coisas nos últimos tempos mudaram muito e eu ainda não estou completamente sóbria.
Chegámos a um ponto em que me vi presa num silêncio absurdo, onde nem uma palavra me surgia, simplesmente porque não tinha nada para dizer... e aquela declaração, onde ouvi autênticas guloseimas para o coração transformou-se numa invasão que só existiu porque eu deixei entrar, em situações normais nunca se passaria assim... O resultado foi um 'matulão' a olhar para o chão provavelmente perplexo com a minha frieza... E triste!
Não pude fazer nada... Mas hoje sinto aqui um aperto no peito, não gosto de ser assim! Tudo se pode falar sem criar estes 'buracos',
não soube fazer melhor!

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