'se eu pudesse trincar a terra toda, e sentir-lhe um paladar,
seria mais feliz um momento..
mas eu nem sempre quero ser feliz,
é preciso ser de vez em quando infeliz,
para se poder ser natural porque nem tudo são dias de sol, e,
a chuva, quando falta muito, pede-se
por isso tomo a infelicidade com a felicidade,
naturalmente,
como quem não estranha que haja montanhas e planícies,
e que haja rochedos e erva
o que é preciso é ser-se natural e calmo,
na felicidade ou na infelicidade,
sentir como quem olha,
pensar como quem anda,
e que o poente é belo e é bela a noite que fica
assim é e assim seja ...'
Alberto Caeiro in O Guardador de Rebanhos
segunda-feira, 10 de dezembro de 2007
E é mesmo assim...
Posted by Azul Limao at 15:15
Labels: Cá de dentro, Essa coisa estúpida chamada Amor, Obras de arte, Palavras do coração
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
"sentir como quem olha,
pensar como quem anda,"
"morder como quem beija"
De repente deu-me vontade de acrescentar este verso... cho que os Génios sempre se cruzam...
:o)))***
Postar um comentário